quinta-feira, 10 de abril de 2008

[IHM] - ATIVIDADE LABORATORIAL 28/02/2008

- Evolução da interface e sua conceituação;

No princípio era o caos...

Antigamente, na era do byte lascado, as coisas eram mais simples e as máquinas menos poderosas. Um PC-XT equipado com um mísero 8086 rodando a 4,77 MHz, embora no início dos anos 80 do século passado fosse a última palavra em matéria de tecnologia da informática pessoal, hoje em dia pode ser considerado (literalmente) ridículo.Se assim era para jogos, para programas não haveria de ser muito diferente.

Na verdade era pior.

Programas não usavam tela gráfica (corrigindo: poucos programas usavam tela gráfica; a primeira edição do Word para DOS da MS e o brasileiro Fácil da Fácil Informática a usavam e por isso permitiam formatar texto diretamente na tela, um luxo para a época). Em vez disso, eram exibidos em telas tipo “texto” com apenas 25 linhas de 80 caracteres cada.

A interface gráfica.

Uma coisa importante a se ter em mente quando se discute interface gráfica é que ela não foi um “aperfeiçoamento” da interface de caracteres ou algo desenvolvido “a partir” desta última. Pelo contrário: como demonstrado publicamente por Englebart em 1968, ela vinha se desenvolvendo em paralelo com o desenvolvimento da informática e antecedeu em muitos anos o lançamento do próprio computador pessoal.Ora, mas exibir gráficos e renová-los na tela depressa o suficiente para que sejam usados em uma interface exige muito maior poder de processamento que trabalhar com meros caracteres. Portanto, para que a interface gráfica se disseminasse em substituição à velha tela de caracteres e suas linhas de comando, era preciso esperar a evolução da máquina. Por isso elas sempre apareciam mais tarde...O que os usuários queriam mesmo era um novo Windows “de 32 bits”. E como não adianta discutir com o mercado, a Microsoft lançou seu Windows 95 que rapidamente se aboletou nos micros da linha PC e foi passando o cetro sempre para seus sucessores: Windows 98, Windows 2000 e Windows XP. Sistemas que, juntos, estão instalados em mais de noventa por cento das máquinas da linha PC. E nem vou me dar ao trabalho de mostrar uma figura com o aspecto de uma tela de Windows. Se você quiser saber com que ela se parece, olhe para a sua (e, se fizer isso e não vir uma tela de uma das versões de Windows, volte para o preâmbulo e leia-o novamente, desta vez com atenção).

O fato é que hoje em dia não se concebe um computador pessoal para uso geral que não adote uma interface gráfica, seja qual for o sistema operacional usado. As únicas exceções, máquinas que ainda usam interface de caracteres, são computadores industriais para controlar serviços de automação e alguns servidores muito específicos, sempre operados por profissionais especializados. Mas máquina para ser usada pelo “grande público” tem que usar interface gráfica. Do contrário estará condenada ao fracasso.

http://www.forumpcs.com.br/coluna.php?b=172055

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- Metáforas de interface.


Uma definição de modelo mental já popularizada no contexto da HCI segundo Preece (1994) é: "o modelo que as pessoas têm delas mesmas, dos outros, do meio ambiente e dos elementos com os quais elas interagem". As pessoas constroem modelos mentais a partir de seu conhecimento prévio, treinamento, instrução e experiências anteriores". É necessário lembrar, pois nem sempre as literaturas em ergonomia e HCI esclarecem, que os modelos são sempre uma forma de representação reduzida e distorcida da realidade, além de serem incompletos, instáveis e pouco científicos. Conforme Daniellou (1986), o modelo mental depende da experiência e da formação do usuário. Além disso, um fator também determinante é a cultura na qual se insere a população de usuários. No entanto, a sua utilização pode auxiliar designers a desenvolver interfaces mais apropriadas aos usuários e a sua tarefa.Para a psicologia cognitiva, o termo modelo mental representa a posição relativa e a estrutura de um conjunto de objetos do mundo real. O modelo mental é uma representação interna de como o usuário entende o seu contexto de trabalho. Ainda que os modelos mentais sejam incompletos, instáveis, difusos, e pouco científicos, são particularmente importantes como base para a concepção das metáforas de interfaces.Há uma diferença particular entre modelo mental e imagem cognitiva. Uma imagem é somente uma representação estanque do estado dos objetos, e um modelo mental seria toda uma situação. Podemos afirmar que a imagem cognitiva está para o frame assim como o modelo mental está para uma pequena "cena de um filme", por exemplo, ou de uma ação cotidiana.

http://www.eps.ufsc.br/disserta96/tei/cap5/cap5.htm
http://www.userside.com.br/metaforas_de_interface

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